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Servidores do APERS dão entrevista para o Jornal do Comércio

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Por Gabriel Gaziero/APERS

No dia 27/03, pela manhã, recebemos o jornalista Mauro Belo, do Jornal do Comércio, e um fotógrafo. A proposta era divulgar o espaço, seguindo a linha do que já haviam feito com outras instituições, como a Biblioteca Pública do Estado, e abordar as lendas urbanas da cidade, em alusão ao aniversário de 253 anos de Porto Alegre. Os jornalistas foram recebidos pelos historiadores da casa, Álvaro Antônio Klafke e Gabriel Gaziero, para uma conversa de cerca de uma hora na sala Borges de Medeiros.

O Arquivo foi apresentado a partir de sua história e da constituição de seu acervo, com destaque para os diferentes documentos dos Poderes Judiciário, Executivo, Legislativo, de Tabelionatos e Cartórios de Registro Civil, e as temporalidades que eles abrangem. Os historiadores destacaram as possibilidades da documentação para a escrita da história do Rio Grande do Sul, bem como outros serviços prestados à sociedade, como a transparência e o acesso à informação pública, a gestão documental e as atividades formativas e educativas.

Ao ser questionado sobre os estudos genealógicos, mais especificamente aqueles para busca de descendentes com o objetivo de obtenção de cidadanias diversas, Álvaro mencionou como é gratificante receber pesquisadores que, a partir do acervo do Arquivo, conseguem mapear genealogias afro-brasileiras.

Sobre a história de Porto Alegre, foram mencionadas as mais de 7.500 caixas-arquivo de processos judiciais já indexadas somente na Comarca de Porto Alegre, a documentação relativa ao processo de escravização e aos testemunhos de militantes políticos durante a Ditadura Civil-Militar, entre outros. Esses documentos permitem a construção de uma historiografia que vai além da história de grandes homens e grandes feitos, para uma abordagem vista a partir de baixo, das sociabilidades, da vida privada, dos costumes, assim como das relações estado-sociedade em diferentes épocas.

A conversa se concluiu com uma visita aos prédios que compõem o conjunto arquitetônico do APERS, destacando aspectos construtivos dos edifícios e as relações que esses prédios tiveram com as transformações mais gerais que a capital sofreu no início do século XX. Isso inclui a configuração atual da Praça da Matriz e a modernização autoritária que resultou na expulsão das populações mais pobres do centro da cidade, devido às demolições das moradias populares, alargamento das vias e encarecimento do custo de vida, com o consequente apagamento de sua presença e de seus espaços de memória. Através de ações realizadas no Arquivo Público e em outras instituições e iniciativas da sociedade civil, tenta-se rememorar esses espaços.

Confira abaixo a matéria, na coluna de Fernando Albrecht, no Jornal do Comércio.

Jornal do Comércio 28.03.2025
Jornal do Comércio 28.03.2025

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