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APERS realiza 17ª Mostra de Pesquisa

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ST01 mediado pelo arquivista do APERS, Juliano Balbon.
Uma das apresentações do ST01 mediado pelo arquivista do APERS, Juliano Balbon. - Foto: Divulga APERS
Por Divulga APERS

A 17ª edição da Mostra de Pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) foi realizada nos dias 9, 10 e 11 de dezembro de 2024. O evento reuniu pesquisadores, acadêmicos e profissionais de diversas áreas, proporcionando um espaço de troca de conhecimentos e discussões sobre temas relevantes.

No primeiro dia, a programação teve o Simpósio Temático (ST) "Patrimônio Cultural: Gestão, Preservação e Difusão", mediado pelo arquivista Juliano Silva Balbon (APERS). Os trabalhos apresentados abordaram a atuação de sistemas de arquivos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), preservação digital da PMPA, curadoria e difusão de documentos sonoros do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa (SEDAC), além de estudos sobre cinematecas e processos de documentação em museus.

À tarde, foi realizado o ST "Conflitos Sociais no Brasil Republicano", mediado pelo historiador Álvaro Antonio Klafke (APERS) e pela historiadora Maíra Ines Vendrame (UNISINOS). Este simpósio discutiu temas como disputas territoriais, memória e demarcação indígena no século XX.

Painel de Abertura da 17ª Mostra de Pesquisa
Convidados e mediador no Painel de Abertura da 17ª Mostra de Pesquisa - Foto: ASCOM/ SPGG

O painel de abertura, intitulado "Os 60 anos do Golpe e os 45 anos da Anistia no Brasil", contou com a participação dos historiadores Carla Rodeghero (UFRGS), Diorge Konrad (UFSM) e Marluza Harres (UNISINOS) e teve mediação de Gabriel Gaziero, historiador do APERS. A presença das lideranças da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG): a Secretária Danielle Calazans, o Secretário-Adjunto Bruno Silveira e o Subsecretário de Patrimônio do Estado Vinícius Deprá, destacaram a importância do evento. O painel abordou os impactos históricos e sociais do golpe militar de 1964 e da anistia de 1979, refletindo sobre suas consequências para a sociedade brasileira.

Aerta Grazzioli, Danielle Calazans (Secretária SPGG), Bruno Silveira (Secretário-Adjunto) e Vinícius Deprá (Subsecretário SPE)
Aerta Grazzioli, Danielle Calazans (Secretária SPGG), Bruno Silveira (Secretário-Adjunto) e Vinícius Deprá (Subsecretário SPE) - Foto: ASCOM/ SPGG

Já no segundo dia o ST "Construindo Liberdades: Escravidão, Emancipação e Pós-Abolição", foi mediado pelas historiadoras Melina Kleinert Perussato (UFRGS) e Sarah Calvi Amaral Silva (UFRGS). Os trabalhos discutiram a racialização das relações sociais no pós-abolição, a participação das mulheres no espaço público, e a trajetória de indivíduos entre a escravidão e a liberdade. No período da tarde, o ST "Ditadura de Segurança Nacional: Ensino e Pesquisa" foi mediado pela historiadora Clarissa Sommer Alves (APERS) e pelo historiador Diorge Alceno Konrad (UFSM). Este simpósio explorou temas como tortura, perseguição política, a história oral da ditadura militar brasileira e a importância das fontes orais para o estudo desse período.

No terceiro e último dia, o evento iniciou com o ST "Obras Literárias e Estudos da Língua", mediado pela linguista Denise Nauderer Hogetop (MUSECOM/ SEDAC). As apresentações incluíram análises linguísticas e históricas de obras literárias, estudos sobre gramáticas do século XIX e a edição filológica de correspondências históricas. À tarde, foi realizado o ST "Periódicos, Fontes Arquivísticas e Estudos da Língua", mediado pelos linguistas Denise Nauderer Hogetop e Fábio Ramos Barbosa Filho. Os trabalhos abordaram a pontuação e acentuação em manuscritos do século XIX, características linguísticas da escrita de mulheres gaúchas oitocentistas na primeira metade do século XIX.

Conferência de Encerramento com Luciana Lombardo (AN).
Conferência de Encerramento com Luciana Lombardo (AN). - Foto: Gabriel Gaziero/ APERS

A conferência de encerramento, intitulada "Ainda Estamos Aqui: Passados Presentes e o Futuro da Memória", foi ministrada pela historiadora e coordenadora do Centro de Referência Memórias Reveladas do Arquivo Nacional, Luciana Lombardo. Clarissa Sommer, historiadora do APERS, ficou responsável pela mediação da conferência de encerramento. Lombardo abordou a ditadura militar no Brasil, destacando a importância de preservar a memória desse período para compreender suas consequências e evitar a repetição de erros históricos. Ela também falou sobre o projeto Memórias Reveladas do Arquivo Nacional, que visa reunir, preservar e disponibilizar documentos relacionados às lutas políticas no Brasil durante o regime militar. Este projeto é fundamental para a construção de uma memória coletiva e para o fortalecimento da democracia, ao garantir o acesso público a informações essenciais sobre o período.

A 17ª Mostra de Pesquisa do APERS foi um evento de grande relevância, promovendo a troca de conhecimentos e fortalecendo a comunidade acadêmica e profissional. Agradecemos à Comissão de Seleção e Organização da Mostra, composta por representantes do APERS, da Associação Nacional de História, Seção Rio Grande do Sul (ANPUH-RS), da Associação de Arquivistas do Rio Grande do Sul (AARS) e da Associação de Amigos do APERS (AAAP-RS), todos os mediadores, conferencistas, convidados e participantes que contribuíram para o sucesso deste evento.

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