Durante a manhã do último sábado, dia 24, a equipe do Programa de Educação Patrimonial (PEP) teve a oportunidade de participar do UFRGS Portas Abertas. O evento proporciona aos visitantes conhecerem a universidade, descobrirem diferentes possibilidades do ensino superior e participarem de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Também é uma oportunidade de auxiliar o público na decisão do curso para prestar no concurso vestibular. A 21ª edição do evento reuniu milhares de jovens, pais e professores de todos os cantos do Rio Grande do Sul e ofereceu, pelos quatro campi de Porto Alegre, 945 atividades, dentre eles estava o Programa de Educação Patrimonial UFRGS-APERS.

A participação do PEP no evento foi uma grande ocasião para divulgar o projeto de extensão, que atua em parceria com a UFRGS desde 2008, aproximando o Arquivo Público do Rio Grande do Sul (APERS) e o seu acervo com o público escolar, com o intuito de valorizar o Patrimônio Cultural e promover o ensino por meio de documentos históricos. Além disso, as rodas de conversas propiciaram que os visitantes conhecessem mais sobre o papel institucional do APERS e as possibilidades do ofício do historiador nesse espaço de trabalho.

A atividade contou com a presença do historiador do APERS, Gabriel Gaziero, da professora da UFRGS, Leticia Bauer, dos bolsistas de extensão do Programa, Marina Vieira e Uli Tietboehl, e dos estagiários do APERS, Ana Golombiewski, Bruna Escouto e Erico Espindola. A equipe dividiu a ação educativa em duas etapas. No primeiro momento, foi realizada uma visitação aberta na sala. Os jovens, por vezes acompanhados de seus pais,  foram timidamente conhecendo o material exposto na sala e o intuito do projeto. Depois, realizamos uma vivência da Oficina “Resistência em Arquivo: patrimônio, ditadura e direitos humanos’’ em uma versão reduzida. Quatro grupos foram divididos e cada um debateu sobre a história de um ex-preso político que ousou lutar contra a ditadura. Além de discutir sobre os conceitos de cidadania, democracia, liberdade de expressão e direitos humanos, foi abordado o ofício do historiador e sua atuação profissional para além dos espaços formais de educação.

Com o intuito de chamar e aproximar os visitantes da atividade proposta, a sala foi decorada com materiais em alusão à oficina. As paredes foram organizadas com cartazes que continham histórias em quadrinhos dos casos dos presos políticos tratados na oficina de Ditadura Militar e com imagens de mediações realizadas anteriormente no Arquivo Público. No tablado foram expostas duas caixas educativas da mesma oficina, que continham diversos materiais, como laudos médicos, cartas, mapas, documentos policiais, testemunhos, dentre outros. Também foi apresentado o catálogo da Comissão Especial  de Indenização, que reúne todos os processos de ex-presos políticos que sofreram algum dano físico ou psicológico provocado pelo Estado entre os anos 1961 e 1985. Além disso, a equipe criou folders para distribuir pela universidade durante o evento, convidando o público para participar da nossa atividade. Ao todo, cerca de 50 pessoas passaram pela sala do PEP no Portas Abertas.

Apesar do friozinho no Campus do Vale, a interação com os jovens aqueceu bastante os nossos corações. Em 2025, estaremos presentes novamente!